História Hoje

 

Hoje na História: 1998 - Filme Titanic, de James Cameron, ganha 11 Oscares

Quando James Cameron assomou o palco para receber seu Oscar de Melhor Diretor na noite de 23 de março de 1998, o predomínio de estatuetas de seu filme Titanic, grande êxito de bilheteria, estava plenamente assegurado. O Titanic igualou-se ao recorde de maior número de indicações, 14, com a película A Malvada, de 1950, escrita e dirigida por Joseph Mankiewicz, tendo Bette Davis como protagonista. Já no final da noite empataria com Ben Hur, de 1959, dirigido por William Wyller, tendo Charlton Heston no principal papel, como o maior vencedor, arrastando para si 11 categorias, inclusive o cobiçado Oscar de Melhor Filme.

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Cameron, em 1998, na festa do Oscar


Com Aliens, O Resgate,O Segredo do Abismo, O Exterminador do Futuro e O Julgamento Final, filmes de sua direção, Cameron já havia demonstrado ser um mestre do gênero ação-ficção científica de grande atração de público. Sua ambição atingiu novas alturas com Titanic, uma nova versão da viagem desafortunada de 1912 de um luxuoso transatlântico sem paralelo que naufragou nas águas do Atlântico Norte após chocar-se com um iceberg.

Os filmes de Cameron se notabilizaram por retardar demasiadamente a rodagem e muito ultrapassar o orçamento previsto. E Titanic bateu todos os recordes. Originalmente orçado em 100 milhões de dólares, aproximou-se dos 200 milhões, valor maior do que qualquer outro filme na história. Também não foi lançado na data originalmente prevista, levando os executivos do estúdio Twentieth Century Fox/Lightstorm Entertainment a suarem frio e chegarem à beira de um ataque de nervos ao pressentirem uma reprise de O Portal do Paraíso do diretor Michael Cimino. Também de elevado orçamento, o filme resultou no maior fracasso da indústria cinematográfica e levou, no começo dos anos 1980, o estúdio United Artists à falência.

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Pessoalmente, Cameron era conhecido pelo seu estilo ditatorial, temperamento forte e obsessão pelo detalhe. Para sua recriação do histórico naufrágio do navio, a produção do filme construiu uma réplica do RMS Titanic com 250 metros de comprimento – 90% da escala original – e a colocou num tanque contendo 65 milhões de litros de água. A réplica do navio e o tanque foram montados sobre uma plataforma hidráulica.

Não houve, no entanto, apenas preocupações de ordem técnica. Tudo foi feito de acordo com a época, o inicio do século 20. Os figurantes tinham de parecer com rostos familiares à época e foram analisadas uma a uma mais de mil pessoas homens, mulheres e crianças. A produção foi realizada no México e os membros do elenco e da equipe de filmagem queixaram-se mais tarde das duras condições, inclusive dias de rodagem com mais de 20 horas, passando grande parte do tempo nas águas do gélido e túrbido Oceano Pacífico.

Lançado pouco antes do Natal de 1997, Titanic tornou-se um sucesso monstruoso de bilheteria, continuando a vender crescentemente ingressos nos seis meses que se seguiram até ser o primeiro filme de todos os tempos a atingir a milagrosa marca de um bilhão de dólares de receita, internacionalmente. A resposta da crítica ao filme esteve dividida. Muitas críticas foram positivas, com elogios aos efeitos visuais e às sequências de ação, especialmente a última das três horas do filme, que representa o épico naufrágio do luxuoso navio de passageiros em sua viagem inaugural.

Ao mesmo tempo, os especialistas ressaltaram a pobreza do roteiro, escrito pelo próprio Cameron. Numa memorável crítica, especialmente acerba, Kenneth Turan do Los Angeles Times escreveu que o filme "transpira falsidades e carece da mais mínima originalidade." Ficou famosa a reação de Cameron, quem numa carta ao editor, exigiu, sem sucesso, que o jornal demitisse Kenneth Turan.

 

 

23 de março de 1970 - África do Sul é expulsa da Copa Davis por sua política de Apartheid


A África do Sul, que já fora afastada dos jogos Olímpicos e da Copa do Mundo, devido à sua política de Apartheid, foi expulsa da Taça Davis por decisão de uma comissão de sete membros, liderada pelos Estados Unidos, e representando os 34 dos países inscritos na competição.

A comissão convocou os delegados sul-africanos e perguntou-lhes se estavam dispostos a se retirar do torneio. Diante da resposta negativa, a comissão se reuniu por mais alguns minutos e coube ao representante dos Estados Unidos, Robert Corwell, anunciar a decisão à imprensa: "Com grande pesar a comissão decidiu que a África do Sul seja excluída da Taça Davis deste ano."

Em todos os esportes crescia o número de países que se recusavam a enfrentar a África do Sul nas principais competições internacionais. O apartheid Sul-africano foi condenado internacionalmente como injusto e racista.

O apartheid gerou desigualdades sócio-econômicas que perdurarão por muitos anos.

Apartheid - separação - é uma palavra adotada legalmente em 1948 na África do Sul para designar o regime segundo o qual os brancos detinham o poder e os povos restantes eram obrigados a viver separadamente, sem os direitos básicos da cidadania.

Em 1962, o líder Nelson Mandela, é condenado a prisão perpétua, sendo libertado 18 anos depois, em 1990. O apartheid sul-africano foi condenado internacionalmente como injusto e racista. Em 1973 a Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou o texto da Convenção Internacional da Punição e Supressão ao Crime do Apartheid. As primeiras eleições livres na Africa do Sul, em 1994, marcam o fim do 'apartheid'.

 

22 de março de 1992 - ONU institui Dia mundial da água

O primeiro Dia mundial da água. Jornal do Brasil: 22 de março de 1992.
"O controle dos recursos hídricos, em alguns lugares do Planeta, está sendo tratado hoje como um problema de equilíbrio geopolítico tão importante quanto controle das jazidas petrolíferas. Mais concretamente, no Oriente Médio e no Norte da África, a falta de água ocupa um dos principais espaços nas atuais pautas políticas a serem discutidas pelos países envolvidos, entre eles Israel e os territórios palestinos ocupados.

O futuro da região depende, cada vez mais, do controle das fontes de água e dos acessos estratégicos a essas reservas hídricas... Os conflitos pela água não se limitam à violência aberta existente entre judeus e palestinos. Ela existe em muito lugares e, com maiores e menores conflitos, está presente na realidade social e política de muitos países. Na África, na Europa, na Ásia e na América, a posse das fontes naturais hídricas ainda é fator para confrontos e posições de força. A diplomacia, em não poucos casos, resolveu os impasses, mas, na atual conjectura política, a questão da água se insinua, cada vez mais, como um problema inadiável
". Jornal do Brasil

O desperdício indiscriminado e o alto índice de poluição de rios e mares em latente crescimento, principalmente ao longo da segunda metade do século XX, alertavam para a necessidade emergencial de se rever o consumo da fonte esgotável mais essencial à continuidade da vida no planeta. Além de países ricos e pobres, o mundo traçava uma nova e explosiva geopolítica entre os que tinham água e os que lutavam para conseguí-la. Os complexos hídricos entravam de vez na pauta da política internacional.

Com objetivo de promover discussões acerca da consciência do homem em relação à água, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial da Água em 1992 com a publicação da Declaração Universal dos Direitos da Água. Uma iniciativa que delegava a todos os indivíduos sua parcela de responsabilidade no consumo inteligente da água, motivando a cultura de preservação ambiental e a consciência ecológica, com as seguintes considerações:

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos;

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem;

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia;

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam;

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras;

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis;

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado;

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Em dez de dezembro de 2002, o senado brasileiro aprovou o dia nacional da água através do projeto de lei do deputado Sérgio Novais (PSB-CE). O texto destaca que esse deverá “oferecer à sociedade brasileira a oportunidade e o estímulo para o debate dos problemas e a busca de soluções relacionadas ao uso e à conservação dos recursos hídricos.”

Hoje na História
16/03/1998
Em 1994 a Ruanda, tendo 125.000 suspeitos por 500.000 assassinatos, inicia um julgamento em massa pelo genocídio ocorrido no país.

16/03/1995
Norman Thagard pisa a bordo da estação espacial Mir e torna-se o primeiro astronauta dos Estados Unidos a voar em um ônibus espacial russo.

16/03/1990
É instituído o Plano Collor I. Contas correntes e poupanças de todos os brasileiros são bloquedas.

16/03/1988
No Panamá, o General Manuel Antonio Noriega sobrevive à uma tentativa de golpe de estado que ele alegou ter sido incitado pelos Estados Unidos.

16/03/1985
Em Beirute, durante a guerra civil do Líbano, militantes islâmicos seqüestram o jornalista americano Terry Anderson, levando-o para a periferia da então destruída cidade, onde fez companhia a outros reféns ocidentais.

16/03/1984
William Buckley, chefe da CIA – Serviço de Inteligência dos Estados Unidos - em Beirute, Líbano, é seqüestrado por pistoleiros e morre em cativeiro.

16/03/1968
Durante a Guerra do Vietnã, um pelotão do exército norte-americano mata mais de 400 civis sul-vietnamitas na aldeia de My Lai, no distrito de Song My.

16/03/1958
Missão do FMI chega ao Rio de Janeiro e apresenta condições para o empréstimo solicitado pelo governo de Juscelino Kubitschek.

16/03/1939
A Alemanha nazista ocupa as regiões da Boêmia e Moravia, completando a conquista da Tchecoslováquia.

16/03/1935
Adolf Hitler desfaz o Tratado de Versalhes, que havia sido assinado ao término da Primeira Guerra Mundial entre Alemanha e as forças aliadas.

16/03/1922
O Egito declara formalmente sua independência sob o governo do Rei Fuad.

16/03/1919
Rodrigues Alves, eleito Presidente do Brasil, falece de gripe espanhola antes mesmo de ter tomado posse.

16/03/1851
A Espanha assina um acordo com o Papado sob o qual o catolicismo romano torna-se a única fé legalizada no país. Além disso, o controle da educação e imprensa na Espanha é cedido para a Igreja.

Hoje na História: 1906 - Explode a mina de Courriéres, na França


Em 10 de março de 1906, a explosão em uma mina de carvão matou mais de mil trabalhadores em Courrieres, na França. Uma fagulha de fogo subterrâneo desencadeou uma maciça explosão que destruiu virtualmente um vasto labirinto de minas.

As minas de carvão de Courriere eram uma complexa série de minas próximo às montanhas do Pas-de-Calais. Os túneis no interior da mina saiam de diversos lugarejos da área e mais de dois mil homens e garotos trabalhavam nas jazidas, fazendo prospecções em busca do carvão utilizado principalmente na fabricação de gás.

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Uma ilustração de um jornal da época mostrando como foi o resgate

Tudo começou quando, por volta das 15h de 9 de março, um incêndio começou a 270 metros de profundidade, no que era conhecido como a galeria Cecil. Incapazes de extingui-lo imediatamente, os trabalhadores decidiram fechar as saídas dos poços, privando o fogo de ar. Na manhã seguinte, com 1.795 mineiros dentro dos profundos túneis da mina, uma enorme explosão ocorreu exatamente na Cecil.

Aparentemente, fissuras nas paredes dos túneis permitiram que gases inflamáveis se infiltrassem, desencadeando um incêndio a partir do fogo que ainda ardia lentamente. A mina era uma das maiores da França no começo do século XX. No dia da tragédia, o turno de trabalho havia acabado de começar, às 07h, quando a explosão aconteceu. O pó de carvão se acumulou no chão, nas paredes e no teto dos túneis. O pó não queimou completamente, se transformando numa nuvem de pó de carvão, que, por ser rica em monóxido de carbono, “roubou” todo o oxigênio do ar e se espalhou por todos os espaços.

Chamas escapavam furiosamente de cada abertura da mina e muitas pessoas sofreram graves queimaduras. Uma vez que as chamas continuavam a arder, o pessoal de resgate e familiares viram-se impedidos de enviar qualquer ajuda. Um grupo de resgate de 40 homens pagou alto preço por sua tentativa. Foram todos mortos quando um fosso através do qual desciam ruiu. Soldados franceses foram chamados para impor ordem ao caos que se estabeleceu no entorno da mina.

Assim que os corpos foram sendo encontrados, surgiu a necessidade de montar uma câmara mortuária perto da mina. Levou semanas para que os corpos fossem encontrados e identificados. O resultado final do desastre foi de 1099 mineiros mortos e centenas mais com graves ferimentos.

Os trabalhadores que estavam nos túneis secundários ainda conseguiram ser salvos, alguns terrivelmente feridos. Mas os que estavam no túnel principal, que ficou com a entrada bloqueada, morreram quase todos.

No dia 30 de março – ou seja, vinte dias depois da explosão – um grupo de 13 sobreviventes foi encontrado na mina. Sobreviveram comendo as marmitas de companheiros mortos. Os dois sobreviventes mais velhos – de 39 e 40 anos – receberam a Legião de Honra. Os outros 11, todos com menos de 18 anos, receberam a Medalha da Coragem. Um último sobrevivente foi encontrado no dia 4 de abril. O número total de mortos chegou a 1.099, muitos deles crianças e adolescentes, já que o trabalho infantil era comum à época.

Foi o pior acidente do gênero na Europa e o segundo em todo o mundo, só superado por um acidente na mina chinesa de Benxihu, ocorrido em 1942, que matou 1.542 mineiros.

Hoje na História
04/03/1997
O presidente americano Bill Clinton barra a liberação de verbas governamentais para a clonagem humana, classificando a criação de vida como “um milagre que vai além de um laboratório de ciências.”


04/03/1994
Quatro fundamentalistas muçulmanos são condenados por explodir uma bomba no World Trade Center, em Nova Iorque.


04/03/1975
O ator Charlie Chaplin recebe o título de Cavaleiro do Império Britânico, no Palácio de Buckingham.


04/03/1974
É inaugurada a Ponte Rio-Niterói, com 12.9 quilômetros de extensão e vão central de 300 metros.


04/03/1950
É lançado nos cinemas norte-americanos o filme “Cinderela” produzido pelos estúdios Walt Disney, o criador de Mickey Mouse.


04/03/1931
O Vice-Rei britânico da Índia põe fim ao monopólio estatal do sal com o objetivo de evitar a continuação de um movimento de desobediência civil liderado por Gandhi.


04/03/1908
A Secretaria de Educação de Nova Iorque proíbe o chicote como instrumento de punição corporal nas escolas.


04/03/1877
O ballet “O Lago dos Cisnes,” de Tchaikovsky, é apresentado pela primeira vez no Teatro Bolshoi, em Moscou.


04/03/1861
Abraham Lincoln toma posse como presidente dos Estados Unidos.


04/03/1789
Realiza-se, em Nova Iorque, a primeira sessão do Congresso dos Estados Unidos da América, que na ocasião anuncia estar em vigor a Constituição redigida em 1787.


04/03/1707
O Ato da União agrupa os reinos da Inglaterra e Escócia no Reino da Grã-Bretanha.

03
MARÇO
Março
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1959
EUA reclamam de violência antiamericana na Bolívia.
1961
Índia oferece tropa à ONU para as forças internacionais que atuam no Congo.
1964
Arábia Saudita e República Árabe Unida restabelecem relações diplomáticas.
1965
Americanos atacam uma base do Viet Cong no Laos
1965
Representantes de 19 partidos comunistas protestam contra os ataques dos EUA ao Vietnam do Norte.
1969
NASA lança a nave tripulada Apolo 9, para testar em órbita terrestre o módulo lunar.
1974
A queda de um DC-10 de uma empresa turca mata 345 pessoas em Paris, no maior acidente da história da aviação civil até então.
1974
Seca faz mais de 100.000 vítimas no Sahel, região do Saara.
1975
Governo brasileiro anuncia negociações com a empresa alemã Kernkraftwerke Union para a construção de centrais nucleares.
1977
Terroristas japoneses se rendem depois da tentativa de sequestro do presidente da maior associação comercial do país, Toshio Doko.
1982
Procurador da república, Pedro Jorge de Melo e Silva, é assassinado em Recife.
1983
Gregos realizam manifestação em Atenas para exigir o fechamento das quatro bases americanas no país.
1991
Saddam Hussein concorda com todas as condições impostas para acabar com a guerra no golfo Pérsico.
1993
Bolívia liquida sua dívida externa.
1998
O presidente Fernando Henrique sanciona a lei contra a lavagem de dinheiro e a ocultação de bens, direitos e valores.
2002
Cinquenta anos após a fundação da ONU, o povo suíço aprova em plebiscito a adesão da Suíça à mais importante organização internacional.

26
FEVEREIRO
Fevereiro
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2526272829
1952
O primeiro-ministro Winston Churchill anuncia a bomba atômica britânica.
1956
O físico britânico Cecil F. Powell calcula que os EUA têm 4.000 bombas atômicas, e a URSS, 1.000
1959
O presidente Eisenhower momeia Clare Boothe Luce como dos EUA no Brasil
1960
EUA anunciam fim de ajuda militar a Cuba.
1963
Dados enviados pela Mariner II indicam que a temperatura em Vênus gira em torno de 426º C.
1965
URSS exige a retirada das tropas americanas do Vietnam e da Coreia do Sul.
1966
França dispara de uma base subterrânea seu primeiro míssil nuclear.
1969
O presidente Artur da Costa e Silva edita o Ato Institucional nº 7, que suspendeu as eleições parciais em todo o país..
1971
Governo da Colômbia impõe estado de sítio em todo o país, após violentas manifestações em Cali.
1975
Presidente Geisel aprova as diretrizes do Plano Básico de Ação Sanitária para o Nordeste.
1991
Acordo extingue pacto de Varsóvia.
1993
Um carro-bomba explode na garagem do World Trade Center, em Nova York, deixando 7 mortos.
1995
O Instituto Butantã cria um soro contra a picada de taturana.
1998
Justiça do RJ bloqueia bens do deputado Sérgio Naya e de suas empresas, responsáveis pela construção do condomínio Palace.

 

 

 

 

 

23 de fevereiro de 1942 - O suicídio de Stefan Zweig

"Antes de deixar a vida por minha própria vontade, quero cumprir o meu último dever, qual o de agradecer profundamente a este país magnífico, o Brasil, que me deu tão amável acolhida. Cada dia que aqui passei, mais amava este grande país e em nenhum outro, além dele, poderia ter a esperança de refazer a minha vida. Depois que eu vi o país da minha própria língua soçobrando e minha pátria espiritual - a Europa - destruindo-se a si própria, e quando alcanço 60 anos de idade, seriam necessários esforços imensos para reconstruir a minha vida, e a minha energia está esgotada pelos longos anos de peregrinação..." Stefan Zweig


Jornal do Brasil: Terça-feira, 24 de fevereiro de 1942 - página 6




O último capítulo da vida de Stefan Zweig chegou ao fim. O escritor foi encontrado morto em sua residência na cidade de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro. Estava em companhia da sua esposa, que o acompanhou na felicidade, no exílio, e no suicídio por excesso de barbitúricos. Foram vencidos pela desesperança no futuro da humanidade, resultante da barbárie que envolvia o mundo no auge da Segunda Guerra Mundial.


O grande biógrafo e historiador austríaco, asilado da sua pátria desde a anexação da mesma pelo Reich, nasceu na cidade de Salzburg. De ascendência judáica, foi pacifista e crítico do nazi-fascismo. Chegou ao Brasil em 1941, onde encontrou uma realidade totalmente distinta da que vivenciara e da qual fugira na Europa. Desenvolveu uma profunda simpatia no país, como documentou em sua obra Brasil, país do futuro.


Aqui, concluiu seu último trabalho, um lançamento póstumo: O mundo que eu vi, memórias do escritor em capítulos que refletem os embates dos mais nobres sentimentos humanos com a realidade europeia ao longo da sua vida.


O homem, seu destino e a História
Zweig enriquecia suas biografias com documentos, dotando-as de feições históricas legítimas. Maria Antonieta, Napoleão Bonaparte e Joseph Fouché são obras que retratam o seu tema preferido.


Stefan Zweig. Rerpodução/CPDoc JB
Refletem com perplexidade sobre o valor do homem em confronto com o seu destino, e os caminhos tortuosos da História: o primeiro pela tragédia de ter sido a rainha sacrificada pela Revolução; o segundo pelas realizações guiadas pelo sonho de dominar o mundo; e o terceiro pela carreira improvável que lhe possibilitou permanecer no poder ao longo de toda a Revolução e a até o fim da Era de Napoleão.

22 de fevereiro de 1998 - O desabamento do Palace II

Desabamento do Palace 2. Jornal do Brasil: Segunda-feira, 23 de fevereiro de 1998.


"O prédio de 176 apartamentos levou junto, além de oito pessoas, o sonho da casa própria e a história de vida de dezenas de famílias de classe média, cujos mais simples referenciais jazem hoje sob as toneladas de concreto podre e outros materiais de baixa qualidade usados na construção". Jornal do Brasil.


Uma coluna de 22 andares de um prédio de apartamentos desabou durante a madrugada no Condomínio Palace da Barra da Tijuca, matando oito pessoas e deixando 150 famílias desabrigadas. A tragédias poderia ter sido pior, não fosse a atitude do Coronel Bombeiro Marcos Silva, que saiu durante a madrugada, batendo nos apartamentos e avisando os vizinhos para descerem de suas casas.


No dia seguinte, diante dos escombros, moradores relembravam o desespero para fugir de suas casas. O desabamento deixou muita gente desamparada, mas indignação e revolta eram os sentimentos mais latentes.


A Construtora Sersan, do então deputado federal Sergio Naya, atribuiu o desabamento a uma possível sobrecarga ocasionada por algum proprietário que em seu apartamento estivesse realizando obras fora das especificações. A nota da empresa revoltou os donos dos 44 apartamentos destruídos.


Uma semana depois, o juiz Jessé Torres, da 2ª Vara da Fazenda Pública decidiu pela implosão. E no dia 28 de fevereiro de 1998, bastaram cinco segundos e 25 quilos de dinamite para derrubar os 110 apartamento que restavam do edifício, transformando sonhos em pó e escombros.

16 de fevereiro de 1936 - Frente popular vence eleições espanholas




As eleições democráticas espanholas de fevereiro de 1936 terminaram por conceder à Frente Popular, uma frente de esquerda, apoiada por forças comunistas e anarquistas, a maioria das cadeiras (225) no Parlamento da Espanha, o que impossibilitou a reeleição do então Chefe de Governo, Portela Valadares, candidato da frente de direita.

“Os resultados apurados mostraram uma diferença de 25 mil votos a favor das esquerdas. Assim, a vitória da Frente Popular está assegurada”, informou o serviço de imprensa da Frente, enquanto a população aguardava ansiosa pelo resultado da apuração.

Na manhã do dia seguinte, milhares de pessoas foram às ruas da capital, Madrid, reivindicando a libertação de presos políticos. Na época, milhares de militantes que protestaram contra o governo da Confederação das Direitas Autônomas (CEDA), foram detidos pela polícia. A Frente Popular, em sua campanha eleitoral, conseguiu o apoio dos grupos anarquistas, sob a promessa de declarar anistia política caso vencesse.

Temendo as manifestações, o presidente Alcalá Zamora decretou estado de sítio em todas as províncias espanholas. “O dia correu em calma. Foram provocados incidentes pelos eleitores esquerdistas, dos quais não se poderia esperar outra atitude. Em Lugo, desordeiros contratados pela Juventude da Ação Popular provocaram conflitos. Faço questão de acentuar que todas as violências, vindas de onde vierem, serão reprimidas”, declarou o Presidente da República.

A Frente Popular escolheu o líder da esquerda republicana, Manuel Azaña, para formar o novo governo. Em maio o Chefe do Governo Azaña uniu forças para destituir Alcalá Zamora, e assumiu a Presidência da República. O Exército e as forças direitistas derrotadas não se conformaram com o resultado das eleições e a ascensão de Azaña ao poder. Assim, em julho desse mesmo ano deflagraram um golpe militar que deu início à Guerra Civil Espanhola – conflito sangrento que durou três anos, e terminou com com a vitória do general Francisco Franco, o qual governou a Espanha como ditador pelos 36 anos seguintes.

Hoje na História
15/02/1996
Um depósito de munição explode no palácio presidencial afegão em Kabul, matando mais de 60 pessoas.

15/02/1990
Grã-Bretanha e Argentina re-estabelecem relações diplomáticas, afirmando a reconciliação dos dois países após a Guerra das Malvinas, ocorrida em 1982.

15/02/1989
A União Soviética completa a retirada de suas tropas do Afeganistão, encerrando mais de nove anos de intervenção em uma guerra civil.

15/02/1978
O boxeador Leon Spinks derrota Muhammad Ali na disputa pelo título dos pesos-pesados, que Ali havia mantido por sete anos.

15/02/1965
O cantor Nat “King” Cole, vencedor do prêmio musical Grammy pelo sucesso “Midnight Flyer”, morre de câncer no pulmão em Santa Monica, na Califórnia.

15/02/1942
A colônia britânica de Cingapura se rende aos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.

15/02/1933
O anarquista italiano, Giuseppe Zangara fracassa na tentativa de assassinar o presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, em Miami.

15/02/1898
O navio de batalha norte-americano “Maine” é explodido enquanto estava ancorado no porto em Havana, Cuba. A frase “Lembre-se do Maine” tornou-se o grito de guerra contra a Espanha que eclodiu em 25 de abril.

15/02/1758
A mostarda é comercializada pela primeira vez nos Estados Unidos

14 de fevereiro de 1989 - Sentenciado de morte autor dos Versos Satânicos

Salman Rushdie sentenciado a morte. Jornal do Brasil: Quarta-feira, 15 de fevereiro de 1989
O líder espiritual do Irã, aiatolá Khomeini decretou contra o escritor indiano naturalizado inglês Salman Rushdie uma fatwa - sentença de morte. Rushdie foi acusado de blasfemar contra o islamismo no romance Os Versos Satânicos, que acabara de publicar, desencadeando uma onda de protesto no Paquistão e na Índia. A ameaça de morte se estendeu a todos envolvidos na publicação do livro no Ocidente. "Peço a todos os muçulmanos que os executem onde quer que estejam", conclamou Khomeini em mensagem transmitida pela rádio de Teerã.

Salman Rushdie, morando em Londres, pediu proteção à polícia e cancelou a viagem que faria aos Estados Unidos na próxima semana para divulgar seu livro. Rushdie, que nasceu de uma família muçulmana na Índia, lamentou que a maioria das pessoas que atacam o livro nem o tenha lido.

O líder religioso chegou a oferecer US$ 3 milhões ao iraniano que matar o escritor. Se o assassino for estrangeiro, a recompensa, que seria paga pela instituição Cinco de Julho, cairá para US$ 1 milhão.
Foi até decretado luto oficial para esta data em protesto contra o livro. Os protestos contra Versos Satânicos estouraram no Paquistão e na Índia onde os manifestantes queriam impedir a já anunciada publicação do livro nos EUA.

O romancista viveu escondido, durante uma década, sob proteção da polícia britânica. Acabou se tornando uma figura política, ao assumir o papel de porta-voz em todo tipo de campanha pelas liberdades civis. Em 1998, depois de muita pressão internacional, o Irã finalmente retirou a condenação contra o escritor. Mesmo vivendo virtualmente como um prisioneiro, Salman Rushdie continuou escrevendo livros e ensaios.

A Polêmica e fantástica obra de ficção

Com um estilo narrativo que mescla o mito e a fantasia com a vida real, o romance despertou a ira dos muçulmanos quando narra de uma maneira realista, episódio da vida do profeta Maomé. A história começa quando um avião, procedente da cidade indiana de Bombain, é explodido por terroristas da seita sikh e se desintegra no ar sobre o canal da Mancha, a 29 mil pés de altitude. Milagrosamente, dois passageiros indianos chegam vivos à terra. Após esta fantástica chagada à Inglaterra, os dois personagens descobrem que sofreram estranhas transformações além de interpretar as palavras de Alá, deus do muçulmano.

 

 

10 de fevereiro de 1912 - A morte do Barão do Rio Branco

A morte do Barão do Rio Branco. Jornal do Brasil: Domingo, 11 de fevereiro de 1912.
"Cessou afinal a dolorosa agonia do grande vulto, que trouxe a consternação sincera em, todas as camadas populares. Repercutiu rapida e sentida, a nota plangente da grande perda sofrida pela família brasileira. O nome do Barão do Rio Branco está de tal modo integrado no espírito nacional como integrado e perfeito é o território desse abençoado solo, cujos limites ele traçou a golpes de longas vigílias e dedicadas locubrações. Às primeiras notícias da gravidade de seu estado havia uma corrente de ancia e de pesar, ancia de que os boletins prontamente afastassem um mau presságio, pesar de que viesse pouco depois a notícia fatal e pungente confirmar o desenlace cruento. Infelizmente, o pesar venceu". Jornal do Brasil

Professor, político, jornalista, diplomata, historiador e biógrafo, o Barão do Rio Branco, 66 anos, morreu vítima de problemas renais. Nos últimos dias sua vida fora uma agonia prolongada pelos recursos da ciência. A dimensão de sua perda se refletiu nas inúmeras homenagens póstumas que lhe foram rendidas no Brasil e no exterior, principalmente no mundo jornalístico.

José Maria da Silva Paranhos Junior nasceu no dia 20 de abril de 1845 no Rio de Janeiro. Era filho do Visconde do Rio Branco, estadista que criou a lei abolicionista em 1871, declarando livre o ventre das mães escravas no Brasil. Estudou no Colégio Pedro II, e concluiu bacharelado na Faculdade de Direito de Recife, em 1866, onde deu os primeiros passos no jornalismo.

De volta ao Rio, foi promotor público em Nova Friburgo de onde seguiu para exercer o cargo de deputado federal por Mato Grosso. Anos depois, acompanhou o pai nas missões diplomáticas da Guerra do Paraguai. Em 1873, voltou a atuar no jornalismo, primeiro como redator, depois como diretor do periódico A Nação.

Em 1884, depois de concluir dois livros, História da Guerra do Paraguai e História Miltar do Brasil, entre tantas obras que enriqueceram a literatura brasileira, assumiu o conselho privado do imperador, de quem recebeu o título de Barão do Rio Branco. Com a proclamação da república, em 1889, assumiu a chefia da Superintendência da Imigração para o Brasil e colaborou com o Jornal do Brasil desde a sua primeira edição com a Coluna Efemérides.

O barão teve atuação decisiva na fixação das fronteiras brasileiras. Foi enviado aos EUA para tratar com a Argentina da questão das missões, no Sul do país, e conseguiu sentença favorável na disputa pelo Amapá. Quando dono da pasta das Relações Externas, enfrentou a discussão com a Bolívia sobre o Acre, território que passou a ser brasileiro. Também atuou no caso da Guiana Inglesa. Com os demais países, assinou acordos que delimitaram as fronteiras do país. É Presidente Perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e membro da Academia Brasileira de Letras.

Veja aqui a edição de 1911 da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro com a psicologia do Barão do Rio Branco, pelo Major Dr. Liberato Bittencourt.

 

9 de fevereiro de 1964 - Ary Barroso morre em pleno Carnaval

Jornal do Brasil: Quinta-feira, 13 de fevereiro de 1964 - página 12



Ary Barroso, 60 anos, faleceu, vítima de cirrose hepática, em pleno domingo de Carnaval, festa cujo prestígio ele ajudou a firmar através de sambas e marchas que o povo entoará a vida inteira.
Ary Barroso. Campanella/CPDoc JB
Nascido em 1903, na cidade mineira de Ubá, ficou órfão cedo e foi criado pela tia Rita, que o ingressou no meio musical.


08/02/1999
O rei Hussein da Jordânia é sepultado após um funeral de quatro horas em Amã. Seu enterro foi marcado pela presença de personalidades de todo o mundo, incluindo os ex-presidentes Clinton, Bush, Carter e Ford.

08/02/1993
As repúblicas Tcheca e Eslováquia, recém divididas, começam a utilizar moedas distintas.

08/02/1984
Abertas as Olimpíadas de Inverno em Sarajevo, na Bósnia-Herzegovina, com a participação de aproximadamente 1.579 atletas de 50 nações.

08/02/1963
O presidente do Iraque, Abdel-Karim Kassem é deposto e morto em um golpe militar.

08/02/1955
Georgi Malenkov é forçado a renunciar ao cargo de primeiro ministro soviético e é substituído por Nikolai Bulganin.

08/02/2011


A câmara de gás é utilizada pela primeira vez como forma de pena capital quando Gee Jon é executado no estado de Nevada, por ter cometido assassinato.

08/02/1904
Tem início a Guerra Russo-Japonesa, quando os japoneses lançam um ataque surpresa contra as tropas russas no Porto Artur, no nordeste da China.

08/02/1818
João VI é aclamado rei de Portugal e do Brasil.

08/02/1587
Após 19 anos de aprisionamento, Mary, a Rainha dos Escoceses é decapitada por participar de uma trama para depor a Rainha Elizabeth.

 

7 de fevereiro de 1984 – Homem voa livre no espaço

Bruce McCandless voa livre no espaço. Jornal do Brasil: Quarta-feira, 8 de fevereiro de 1984.



O astronauta Bruce McCandless tornou-se o primeiro homem a voar livremente pelo espaço, com uma mochila propulsora nas costas que o levou até 100 metros de distância da nave espacial Challenger. O fato histórico foi televisionado ao vivo para a Terra, tendo sido visto por milhões de norte-americanos, que se emocionaram ao ver o homem vestido de branco com uma grande mochila nas costas sair do compartimento de cargas da nave, aparentemente de cabeça para baixo, e flutuar na imensidão vazia do espaço.

“Pode ter sido um pequeno passo para Neil, mas podem estar certos de que foi um grande passo para mim”, afirmou McCandless, numa alusão às palavras de Neil Armstrong ao posar na Lua em 1969, quando ele disse que o pequeno passo que dava na superfície lunar representava um grande passo para a humanidade.

Nos seus dezoito anos como astronauta, McCandless ajudou a NASA a desenvolver as as mochilas espaciais propulsoras que usou no dia da aventura espacial, batizadas de Unidade Tripulada de Manobra (MMU – Manned Maneuvering Unit), mas popularmente chamadas de mochilas Buck Rogers. Enquanto se movia no vácuo, seu colega Robert Stewart permanecia fora da nave atado ao compartimento de carga com uma segunda mochila ao alcance da mão, pronto para socorrer o companheiro em caso de necessidade. Outra alternativa de socorro seria tentar resgatar o astronauta eventualmente extraviado com um braço mecânico ou aproximar a nave até que ele entrasse no compartimento de carga, onde poderia se agarrar.

O vôo começou quando a nave estava sobre o Havaí e, embora o astronauta estivesse se movendo apenas a 0,3 km/h em relação à Challenger, McCandless dava voltas à Terra a uma velocidade de mais de 28 mil km/h. “Olha lá a Flórida”, gritou ele a certa altura da missão, após ter voado sobre todo o território dos Estados Unidos. Segundo um dos seus colegas ouvidos pela TV, no espaço não se tem noção de distância.

Durante o período de cinco horas de Atividade Extraveicular (EVA), os astronautas realizaram alguns exercícios simulados de reparos como parte do treinamento para a próxima missão da Challenger, que seria realizada em abril. Nela, os astronautas usariam suas MMUs para recuperar o satélite de pesquisas solares Solar Maximum, danificado havia três anos, para repará-lo no compartimento de carga e colocá-lo de volta à órbita.





4 de fevereiro de 1921 - A conferência científica do Dr. Carlos Chagas

A conferência do Dr. Carlos Chagas. Jornal do Brasil: Sábado, 5 de fevereiro de 1921
A tão esperada conferência científica do Dr. Carlos Chagas foi realizada na Biblioteca Nacional. Além da presença do Ministro da Justiça, estavam lá muitos médicos e notáveis representantes da medicina brasileira.

Chagas era médico, sanitarista, cientista e bacteriologista e destacou-se ao descobrir o protozoário
Trypanosoma cruzi, conhecida como doença de Chagas. Iniciou a leitura de seu trabalho, escrito em 61 páginas datilografas, sobre a importância de se pôr em prática os desdobramentos dos serviços de saúde pública.

O plano foi apresentado com amplos e interessantes estudos de caso das questões de saneamento no Brasil. Para o desempenho das diversas tarefas, traçou um programa que incluía guardas vigilantes da saúde para a população.


O conferencista também prestou homenagem à memória do saudoso Diretor do Instituto de Manguinhos, Oswaldo Cruz, no qual procurou reviver os meios em que pôs em prática sua luta empenhada contra a até então invencível febre amarela. Não se esqueceu de mencionar a resistência da ignorância à ação preventiva contra a varíola, ignorando a existência ainda de casos dessa moléstia no Brasil.


Também falou da Peste Bulbonica e dos meios de lhe dar combate eficaz. Estendeu-se largamente no assunto da tuberculose, cujo alto coeficiente de mortandade em nosso pais só poderá desaparecer quando se tornar realidade o impedimento dos contágios, com a inexistência das más habitações, dos domicílios sem luz nem ar, dos excessos de toda a ordem, e do alcoolismo.


A Conferência durou cerca de uma hora e meia sem que houvesse, no auditório, o mais leve sinal de fadiga, tal a importância dos assunto e a clareza com que foi colocado.


Confira também:

8 de novembro de 1934 – Morre Carlos Chagas

3 de fevereiro de 1998 - O adeus a Silvio Caldas, o Cantor das Despedidas

A morte de Silvio Caldas. Jornal do Brasil: Quarta-feira, 4 de fevereiro de 1998.

Silvio Caldas, 89 anos, morreu de insuficiência respiratória. Três meses antes, fora hospitalizado para uma cirurgia no joelho, depois de levar um tombo. Por recomendação médica, foi obrigado a parar de beber, além de sofrer outras restrições. Desanimado, anorexo e deprimido, viveu seus últimos dias recolhido em seu sítio em Atibaia, interior de São Paulo, até ser internado numa clínica da cidade, onde faleceu no fim da tarde.

Cantor e compositor, Silvio Caldas nasceu no bairro carioca de São Cristóvão. Descoberto num bar por um produtor no final dos anos 20, foi levado para cantar na Rádio Mayrink Veiga. Foi um dos grandes intérpretes da música brasileira nas duas décadas seguintes, fazendo sucesso com faixas como Faceira, de autoria de Ary Barroso e Linda Lourinha, de João de Barro. Mesmo sem muita potência de voz, era do grupo dos grandes da época, com Francisco Alves - o Rei da Voz, e Orlando Silva - o Cantor das Multidões: reverenciado como Caboclinho Querido.

Do final dos anos 70 aos anos 90 ficou conhecido como o Cantor das Despedidas, porque sempre se apresentava de tempos em tempos anunciando que era a despedida de sua carreira. Mas sempre voltava, alegando atender ao chamado dos amantes da boa música.

Amigo do copo desde sempre, foi um boêmio inveterado.Quando lhe perguntavam o segredo de sua vitalidade, ele dizia que desobedecia todas as regras recomendadas aos homens de mais de 50 anos: falava pelos cotovelos, bebia muito, dormia pouco, trabalhava demais e fumava como um desesperado. Também não cultivava modéstia: "Se você encontrar no mundo cinco homens como eu é muito. Eu fui o maior criador de todos os compositores populares, eu que lancei tudo que está aí"

Parceiro de grande nomes como Cartola, Wilson Batista, Billy Blanco e Oreste Barbosa, talvez o maior deles, ao longo da carreira, somou mais de mil músicas gravadas, mas nenhuma nos últimos 18 anos de vida. "Só querem música que dure dois ou três anos, mas eu estou aqui para a eternidade".

03
FEVEREIRO
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1955
A Rádio de Praga anuncia: Tchecoslováquia suspende estado de guerra.
1956
EUA proíbem viagens de cidadãos americanos à Hungria.
1956
Eximbank anuncia empréstimo de 35 milhões de dólares ao Brasil para ampliar em 50% a capacidade da CSN.
1962
O presidente Kennedy proíbe praticamente todo o comércio dos EUA com Cuba.
1966
A nave espacial soviética Luna 9 pousa na Lua.
1967
Policiais soviéticos invadem a embaixada da China em Moscou e espancam trinta funcionários.
1968
O cantor brasileiro Roberto Carlos vence o XVIII Festival de San Remo, na Itália.
1972
Tailândia retira tropas do Vietnam.
1978
EUA expulsam embaixador vietnamita em Washington.
1982
EUA rejeitam proposta da URSS para reduzie em dois terços as armas nucleares de médio alcance na Europa.
2009
PESQUISADORES ANUNCIAM DESCOBERTA DO COROT-EXO-7B, MENOR PLANETA FORA DO SISTEMA SOLAR.

 

 

 

 

2 de fevereiro de 1970 - Morre Bertrand Russell

A morte de Bertrand Russell. Jornal do Brasil: Terça-feira, 3 de fevereiro de 1970.



"A paixão pela matemática trancou-o durante dez anos em casa, mas o estudo da lógica atirou-o nos debates públicos e às manifestações de protesto. Depois disso, nunca mais parou. Rico, famoso, nobre, aclamado em certas épocas, perseguido e preso em outras, o ateu Bertrand Russell converteu sua vida numa cruzada santa, cuja história e mais antiga do que a memória da maioria dos homens".
Jornal do Brasil


Matemático, filósofo e ativo militante da paz, Bertrand Russell, 97 anos, morreu durante a noite em sua residência no norte do País de Gales. As suas cinzas foram dispersas sobre as montanhas galesas.



Bertrand Arthur William Russell, descendente de uma família de nobres do século 13, nasceu em Trelleck, País de Gales. Órfão aos três anos, foi educado por preceptores na casa da avó, até ir para Cambridge, Inglaterra, onde se formou professor. Em 1916, foi expulso da universidade e preso por ter participado de movimentos pacifistas. Aplicado, dedicou-se basicamente ao estudo de três áreas: a teoria do conhecimento, as relações entre a lógica e a matemática e as relações entre a lógica e a matemática e as relações entre a lógica e a linguagem.

Autor de mais de 40 obras, entre elas se destacam The Principia Mathematica (1910-1913) - que abriu novas perspectivas para a lógica simbólica, da qual foi fundador, e A History of Western Philosophy (1945). Prêmio Nobel em 1950, nos últimos anos dedicou a sua vida pela paz no mundo. Nos anos 60 condenou a participação dos Estados Unidos na guera do Vietname.

"Três paixões, simples mas esmagadoramente fortes, têm governado a minha vida: o desejo pelo amor, a busca do conhecimento, e a pena insuportável pelo sofrimento da raça humana". Bertrand Russell

Bertrand Russell. Reprodução CPdoc JB
O Tribunal Russell
Mais do que os avanços da Ciência e da Tecnologia, os conflitos sangrentos do século 20 foram os acontecimentos que mais impressionaram e mobilizaram Bertrand Russell.

Foi o testemunho destes episódios, fortalecedores de seus ideais pacifistas e humanizadores, que motivou Russell a fundar nos anos 60 o Tribunal Russel: organismo internacional, originalmente dirigido pelo filósofo e dramaturgo francês Jean-Paul Sartre. O tribunal investigou e avaliou a política externa americana e a intervenção militar no Vietnã que se seguiu à derrota das forças francesas em 1954 na batalha de Dien Biem Phu e o estabelecimento do Vietnã do Norte.

Bertrand Russel justificou assim a criação do tribunal: "Se certos atos e violações de tratados são crimes, eles são crimes se cometidos pelos Estados Unidos ou pela Alemanha. Nós não iremos desconsider uma regra de conduta criminal contra outros porque não gostaríamos de vê-la invocada contra nós".

A criação do tribunal foi seguida em 1966 pela publicação do livro de Russel War Crimes in Vietnam.







02
FEVEREIRO
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1848
Firmado o Tratado de Guadalupe Hidalgo, pelo qual o México cedeu o Texas, a Alta Califórnia e o Novo México aos EUA.
1916
Morre José Veríssimo, no Rio de Janeiro.
1951
Senador americano Brien McMahon propõe criação de plano de desarmamento atômico.
1954
O presidente Eisenhower confirma que os EUA realizaram a primeira explosão termonuclear completa.
1959
Crianças negras vão pela primeira vez a escolas, antes só para brancos, em Arlington e Norfolk, na Virgínia.
1964
Chega à Lua o foguete americano Ranger VI, lançado em 30 de janeiro.
1964
Estados Unidos apreendem quatro embarcações cubanas.
1973
O primeiro-ministro Phan Van Dong, quer a unificação do Vietnam.
1988
Brasil paga aos bancos credores 350 milhões de dólares, ou 37,6% da dívida externa.





01 de Fevereiro
 I.

1º de fevereiro de 1974 - O incêndio do Edifício Joelma

Primeira página do Jornal do Brasil: Sábado, 2 de fevereiro de 1974


São Paulo, 1º/02/1974: O incêndio do Joelma. Ariovaldo Isaías/CPDoc JB
Mal acordara para mais um dia de trabalho, a Cidade de São Paulo parou naquela sexta-feira para acompanhar um dos mais terríveis episódios de sua história. Um incêndio destruiu 18 dos 25 andares do moderno e imponente Edifício Joelma, onde encontravam-se mais de mil pessoas, entre funcionários e visitantes. O fogo começou pouco antes das nove horas da manhã no 12º andar e seguiu invadindo os andares superiores, obrigando as pessoas a fugirem para o terraço. Em menos de meia hora, as labaredas já alcançavam o último andar do prédio. Num ato de desespero extremo, algumas pessoas atiravam-se do alto do edifício.

Lá embaixo, uma multidão aglomerada nos arredores do edifício acompanhava tudo, aparentando não acreditar no que testemunhava: O Joelma ardia completamente em chamas. Solidários, muitos pediam calma, através de mensagens improvisadas escritas em faixas ou rabiscadas no asfalto. Outros se apresentavam para ajudar os bombeiros. Contudo, a densa fumaça, o calor infernal, o difícil acesso ao local e a limitação dos equipamentos comprometeram o controle do fogo e o resgate das vítimas.

Um dos momentos mais emocionantes foi o salvamento de uma criança de pouco mais de um ano. Sua mãe saltou para a morte do 15º andar, mas abraçou-se com ela, e acabou protegendo-a do impacto da queda.

Além das mortes em conseqüência das quedas, vários corpos carbonizados foram encontrados nas dependências do prédio. Houve ainda mortes por asfixia. Ao final da operação de resgate, o número de feridos ultrapassava 500 pessoas, entre as quais contabilizava-se quase 200 vítimas fatais.

II.

Em 1851, morre Mary Wollstonecraft Shelley, escritora britânica.
Em 1901, nasce Clark Gable, ator norte-americano.
Em 1942, morre Olga Benário, revolucionária alemã e companheira de Luís Carlos Prestes, em campo de concentração nazista. Olga, grávida de Prestes, judia e comunista, foi enviada para a Alemanha pelo governo de Getúlio Vargas, que sabia que ela seria morta pelos nazistas.
Em 1944, morre Piet Mondrian, pintor holandês.
Em 1958, é criada a República Árabe Unida pela união de Egito e Síria.
Em 1966, morre Buster Keaton, comediante do cinema mudo americano.
Em 1979, o Ayatollah  Khomeini regressa ao Irã depois de um exílio de 16 anos

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